Tilda Swinton não foi indicada ao Oscar, mas ganhou vários prêmios em festivais importantes como o de São Francisco com sua atuação nesta produção independente inglesa ambientada no EUA “Precisamos falar sobre Kevin”. O papel é da mãe de um adolescente que se torna assassino de massa na escola em que estuda. Ela luta para se adaptar à sociedade, ainda que se sinta culpada pelo que aconteceu. O filme é dirigido pela escocesa Lynne Ramsay que se esforça para atribuir-lhe uma aparência moderna, fugindo da linearidade, reiterando exaustivamente algumas informações e ocultando outras que seriam úteis à sua fruição e inteligibilidade, como por exemplo, as atividades profissionais da protagonista e de seu marido. Este é vivido pelo cômico John C. Reilly, em atuação discreta e contida, num diapasão bem diverso dos jovens atores que interpretam o garoto maligno. O leitor de um site americano reclamou que esse dado teria estragado a sua surpresa, mas, na verdade ele já aparece no início do filme que evita uma narrativa linear. Sua espinha dorsal é o dia em que ela se prepara para uma visita à penitenciária, enquanto as lembranças e sonhos vão se encarregando de nos contar em retalhos a sua trágica história, desde a concepção e o nascimento do garoto. Tilda como sempre está perfeita em sua atuação repleta de detalhes e silêncios eloqüentes. Mas nada acima do que ela já nos ofereceu em trabalhos recentes como “Um Sonho de Amor”. .
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