Essa é a dificuldade e também o encanto do roteiro que a mostra já fora do poder, conversando com o marido morto e tendo dificuldade de se lembrar exatamente como as coisas aconteceram. Falo do complicado processo histórico que a levou a exercer o governo de um modo especialmente enérgico e que, como também aconteceu com os do Partido Trabalhista, apresenta aspectos positivos e negativos. Em alguns momentos, o filme impressiona pela tenacidade e pelo idealismo desta que foi a primeira mulher a assumir a chefia do governo na Inglaterra, desde a rainha Elizabeth no século XVI. Em outros, comove com as passagens poéticas em que a vemos frágil e falível como qualquer ser humano. E acima de tudo o louva-se o inigualável talento de Meryl Streep que corre o risco de com ele levar o 3º Oscar da carreira, por não apenas ter incorporado a personagem histórica, mas ter revelado dramaticamente, inclusive por meio da expressão corporal, a passagem do tempo sobre ela.
A DAMA DE FERRO
The Iron Lady
estreia 17 02 2012
gênero docudrama / política
Reino Unido, 2012, 105 min, 12 anos
Distribuição Paris Filmes
Direção Phyllida Lloyd
Com Meryl Streep, Jim Broadbent
COTAÇÃO
* * * *
ÓTIMO
3 comentários:
Vou ver este filme por estes dias. Mas estas reabilitações de figuras nefandas parecem palestras aborrecidas de pedagogas.
Mas este é bacaninha
Nossa, se não fosse a ótima interpretação da Meryl Streep (que, mesmo assim, às vezes perde por segundos a personagem) este filme daria um bom comercial para as Olimpíadas de Londres. Puro "rehab movie".
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