Em meio à
costumeira profusão de estreias, nesta semana o público de cinema pode se
sentir confuso, em dúvida, até meio tonto, em função de tantas opções e em
busca dos melhores filmes. É aí que se percebe melhor o fato de que o chamado
“público” é uma entidade abstrata, formada por diversos grupos, cada um com as
suas preferências.
(https://www.youtube.com/watch?v=SoKIqLEGhI0 )
O maior contingente de espectadores deverá se concentrar diante de Jogos Vorazes: A Esperança - O Final, novamente estrelado por Jennifer Lawrence e com direção do austríaco Francis Lawrence – aquele que comanda a série desde o seu primeiro exemplar em 2013. Agora a situação se complica porque o regime do presidente Snow, como a maioria das ditaduras, se recusa a largar o osso.
(https://www.youtube.com/watch?v=LkOnT0lS3rQ )
No entanto, aqueles que acompanham o cinema brasileiro se acham ansiosos para conferir esse filme que demorou 20 anos para ser concluído e custou muitos milhões aos cofres públicos. É Chatô - O Rei do Brasil com produção e direção de Guilherme Fontes, baseado em livro de Fernando Morais.
O fundador dos Diários Associados e do MASP é, interpretado por Marco Ricca, enquanto o seu antagonista – o presidente Getulio Vargas – fica a cargo de Paulo Betti, em meio a um conjunto de figuras femininas fortes, como Leticia Sabatella (FOTO ABAIXO) e Andrea Beltrão. Esse elenco segura o filme que, contrariando todos os prognósticos é bastante aceitável – apesar de ter adotado para a narrativa uma linha caricatural, de farsa meio circense e bastante discutível em face do tema.
(https://www.youtube.com/watch?v=diR00NVSLvo )
Por ter feito oposição ao governo do Irã, o cineasta Jafar Panahi de “O Balão Branco” foi preso em março de 2010 e durante os 88 dias em que ficou na cadeia fez greve de fome. Em setembro daquele mesmo ano, ele foi proibido de comparecer ao Festival de Veneza. Agora o seu último trabalho, Táxi Teerã foi premiado com o Urso de Ouro no Festival de Berlim. Pronto! Isso já basta para atrair aquela outra parcela do público que detesta pipoca...
O filme é uma espécie de falso documentário no qual o diretor instala câmeras dentro de um táxi no qual ele circula pelas ruas de Teerã. E fala de tudo com todos que entram no carro, especialmente de política e de cinema. Pode ser interessante, mas, como em quase todos os filmes iranianos, as falas suplantam a ação.
(https://www.youtube.com/watch?v=oORHVf3cu8M )
Para um quarto grupo de frequentadores de cinema, pessoas silenciosas e discretas, mas cada vez mais numerosas, o lançamento mais importante da semana é o documentário Awake - A Vida de Yogananda. Ele foi um mestre indiano que escreveu o clássico "Autobiografia de um Yogi". Entre as décadas de 1920 e 1980, ele era o guru de Yoga mais conhecido e respeitado no mundo ocidental.
Apoiado por uma abundante iconografia, além de mostrar a trajetória desse que foi o primeiro divulgador da meditação e da cultura védica no ocidente, o documentário faz divisa com o filme de ensaio e nos explica as bases de seu pensamento filosófico. (FOTO ACIMA) ( https://www.youtube.com/watch?v=1n6E7GrJqes )
O maior contingente de espectadores deverá se concentrar diante de Jogos Vorazes: A Esperança - O Final, novamente estrelado por Jennifer Lawrence e com direção do austríaco Francis Lawrence – aquele que comanda a série desde o seu primeiro exemplar em 2013. Agora a situação se complica porque o regime do presidente Snow, como a maioria das ditaduras, se recusa a largar o osso.
(https://www.youtube.com/watch?v=LkOnT0lS3rQ )
No entanto, aqueles que acompanham o cinema brasileiro se acham ansiosos para conferir esse filme que demorou 20 anos para ser concluído e custou muitos milhões aos cofres públicos. É Chatô - O Rei do Brasil com produção e direção de Guilherme Fontes, baseado em livro de Fernando Morais.
O fundador dos Diários Associados e do MASP é, interpretado por Marco Ricca, enquanto o seu antagonista – o presidente Getulio Vargas – fica a cargo de Paulo Betti, em meio a um conjunto de figuras femininas fortes, como Leticia Sabatella (FOTO ABAIXO) e Andrea Beltrão. Esse elenco segura o filme que, contrariando todos os prognósticos é bastante aceitável – apesar de ter adotado para a narrativa uma linha caricatural, de farsa meio circense e bastante discutível em face do tema.
(https://www.youtube.com/watch?v=diR00NVSLvo )
Por ter feito oposição ao governo do Irã, o cineasta Jafar Panahi de “O Balão Branco” foi preso em março de 2010 e durante os 88 dias em que ficou na cadeia fez greve de fome. Em setembro daquele mesmo ano, ele foi proibido de comparecer ao Festival de Veneza. Agora o seu último trabalho, Táxi Teerã foi premiado com o Urso de Ouro no Festival de Berlim. Pronto! Isso já basta para atrair aquela outra parcela do público que detesta pipoca...
O filme é uma espécie de falso documentário no qual o diretor instala câmeras dentro de um táxi no qual ele circula pelas ruas de Teerã. E fala de tudo com todos que entram no carro, especialmente de política e de cinema. Pode ser interessante, mas, como em quase todos os filmes iranianos, as falas suplantam a ação.
(https://www.youtube.com/watch?v=oORHVf3cu8M )
Para um quarto grupo de frequentadores de cinema, pessoas silenciosas e discretas, mas cada vez mais numerosas, o lançamento mais importante da semana é o documentário Awake - A Vida de Yogananda. Ele foi um mestre indiano que escreveu o clássico "Autobiografia de um Yogi". Entre as décadas de 1920 e 1980, ele era o guru de Yoga mais conhecido e respeitado no mundo ocidental.
Apoiado por uma abundante iconografia, além de mostrar a trajetória desse que foi o primeiro divulgador da meditação e da cultura védica no ocidente, o documentário faz divisa com o filme de ensaio e nos explica as bases de seu pensamento filosófico. (FOTO ACIMA) ( https://www.youtube.com/watch?v=1n6E7GrJqes )
A Ilha do Milharal é um filme russo de 2014 que já colecionou 21 prêmios em festivais pelo mundo
afora. Um velho camponês se muda, com sua neta para uma pequena ilha deserta no meio
do rio Enguri, com a intenção de plantar milho. Mas esse rio foi e ainda é
palco de conflitos armados e a tensão da guerra ainda atormenta as pessoas.
(https://www.youtube.com/watch?v=fccc9b4QD8E )
Mas estreia também um documentário brasileiro que procura eliminar a tensão por meio do humor. É Piadeiros, do documentarista Gustavo Rosa de Moura, paulista que correu o país em busca de pessoas verdadeiramente engraçadas. E posso garantir que ele encontrou... algumas.
(https://www.youtube.com/watch?v=5nl43dHH1Ik )
Ainda na trilha da comédia, estreia Papéis ao Vento do bem humorado argentino Juan Taratuto, que fez “Um Namorado para minha Esposa”. Na história deste filme, morre um amigo e um grupo de seus companheiros procura encontrar uma solução financeira um tanto maluca para a família da viúva.
(https://www.youtube.com/watch?v=6z8MCW16uZY )
Continuando a falar nas comédias da semana, que não são poucas, temos Mistress America do nova-iorquino Noah Baumbach – esse diretor que sonha em ocupar a vaga de Woody Allen com filmes supostamente cômicos, como “A Lula e a Baleia” de 2005. Neste filme, a protagonista é a esquisita Greta Gerwig, que fez “Frances Há”, com o mesmo diretor.
Ela ganha uma nova irmã, ou seja, a filha de seu futuro padrasto: isto é, o homem que vai se casar com a mãe dela. Trata-se como vemos de um humor bem peculiar, com tanto conteúdo como tem um pastel de vento...
(https://www.youtube.com/watch?v=xYxr3tt8kjU )
Mas há uma esperança de humorismo temperado com sexo e ironia com Ninguém Ama Ninguém... Por Mais de Dois Anos. Simplesmente porque o filme reúne cinco historias de ninguém menos que Nelson Rodrigues. Elas foram selecionadas da série de crônicas que o mestre fluminense chamava de “A Vida como ela é” e que, portanto, são ambientadas nas décadas de 1950 e 60. No elenco, temos Gabriela Duarte e Ernani Moraes.
(https://www.youtube.com/watch?v=t3Xbd2Lfsy0 )
E as comédias continuam. Agora chegando da Espanha com Picasso e o Roubo da Monalisa. O tema é um suposto do roubo da obra de Leonardo Da Vinci, que teria acontecido em 1911, do qual Picasso e seus amigos eram suspeitos. Apesar da produção detalhista, o diretor Fernando Colomo não consegue fazer graça e o filme só vale pelas intrigas e picuinhas envolvendo os grandes artistas da época, como Henri Matisse, George Braque e Picasso, no momento em que ele criava o cubismo.
( https://www.youtube.com/watch?v=5kVrh27cH9s )
Finalmente, também estreia Samba & Jazz, um belíssimo documentário de Jefferson Mello que investiga as ligações entre esses dois universos. Ligações mágicas e também de história e estilo que os aproximam. Para isso o filme coloca o sambista em Nova Orleans e o jazzista no Rio de Janeiro.
Mas estreia também um documentário brasileiro que procura eliminar a tensão por meio do humor. É Piadeiros, do documentarista Gustavo Rosa de Moura, paulista que correu o país em busca de pessoas verdadeiramente engraçadas. E posso garantir que ele encontrou... algumas.
(https://www.youtube.com/watch?v=5nl43dHH1Ik )
Ainda na trilha da comédia, estreia Papéis ao Vento do bem humorado argentino Juan Taratuto, que fez “Um Namorado para minha Esposa”. Na história deste filme, morre um amigo e um grupo de seus companheiros procura encontrar uma solução financeira um tanto maluca para a família da viúva.
(https://www.youtube.com/watch?v=6z8MCW16uZY )
Continuando a falar nas comédias da semana, que não são poucas, temos Mistress America do nova-iorquino Noah Baumbach – esse diretor que sonha em ocupar a vaga de Woody Allen com filmes supostamente cômicos, como “A Lula e a Baleia” de 2005. Neste filme, a protagonista é a esquisita Greta Gerwig, que fez “Frances Há”, com o mesmo diretor.
Ela ganha uma nova irmã, ou seja, a filha de seu futuro padrasto: isto é, o homem que vai se casar com a mãe dela. Trata-se como vemos de um humor bem peculiar, com tanto conteúdo como tem um pastel de vento...
(https://www.youtube.com/watch?v=xYxr3tt8kjU )
Mas há uma esperança de humorismo temperado com sexo e ironia com Ninguém Ama Ninguém... Por Mais de Dois Anos. Simplesmente porque o filme reúne cinco historias de ninguém menos que Nelson Rodrigues. Elas foram selecionadas da série de crônicas que o mestre fluminense chamava de “A Vida como ela é” e que, portanto, são ambientadas nas décadas de 1950 e 60. No elenco, temos Gabriela Duarte e Ernani Moraes.
(https://www.youtube.com/watch?v=t3Xbd2Lfsy0 )
E as comédias continuam. Agora chegando da Espanha com Picasso e o Roubo da Monalisa. O tema é um suposto do roubo da obra de Leonardo Da Vinci, que teria acontecido em 1911, do qual Picasso e seus amigos eram suspeitos. Apesar da produção detalhista, o diretor Fernando Colomo não consegue fazer graça e o filme só vale pelas intrigas e picuinhas envolvendo os grandes artistas da época, como Henri Matisse, George Braque e Picasso, no momento em que ele criava o cubismo.
( https://www.youtube.com/watch?v=5kVrh27cH9s )
Finalmente, também estreia Samba & Jazz, um belíssimo documentário de Jefferson Mello que investiga as ligações entre esses dois universos. Ligações mágicas e também de história e estilo que os aproximam. Para isso o filme coloca o sambista em Nova Orleans e o jazzista no Rio de Janeiro.
Um comentário:
Táxi e Teerã me despertou o interesse.
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