Além de mostra competitiva de cinema brasileiro da
maior importância, o CINE PE Festival de Pernambuco, é um valioso termômetro de
como o público se comporta em relação a determinados filmes. A sua plateia de
quase três mil pessoas é bastante diversificada e se comporta com certa boa
vontade para a maioria dos filmes apresentados, ou seja, presta o máximo de
atenção e aplaude muito quando motivada. E tudo o que acontece naquele recinto
é feito diante de milhares de testemunhas. De modo que, neste caso, é licito ao
crítico informar a receptividade que determinado concorrente teve ou deixou de
ter no evento.
Estou mencionando isso para preparar o que eu tenho a dizer
sobre a comédia nacional “Giovanni Improtta” que estreia esta semana e que,
aliás, também foi dito por vários outros colegas que também estiveram lá. Quase
nenhuma risada foi ouvida durante a sua projeção. Apesar de um início promissor
e da excelente produção, o filme objetivamente não tem graça alguma. Mesmo com
a presença de Andreia Beltrão, Jô Soares e Andre Matos. Nesse que é o primeiro
filme dirigido por José Wilker, e que também faz o papel principal, faltou modulação
no tom e no ritmo da narrativa. Ou seja, para funcionar as piadas precisam ser preparadas
com mudanças de clima outros recursos, que não foram aplicados em “Giovanni
Improtta”. Salva-se a competente fotografia de Lauro Escorel que, aliás, foi
premiada como a melhor do Cine PE.
Brasil – 2013 – 101 min. 14 anosgênero comédia / social
estreia 17 05 2013
Distribuição: Columbia
Direção José Wilker
Com José Wilker, Othon Bastos,
Andreia Beltrão, Milton Gonçalves
COTAÇÃO
* *
REGULAR
Um comentário:
Se depender de leitores como eu não é preciso preparar o caminho para que se diga quando um filme não é bom, rs...
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