TUDO PELO PODER
The Ides of March (EUA, 2011, 102 min.
12 anos) - dia 19/03/2013
Direção de George Clooney, com Ryan Gosling, Marisa Tomei, Evan Rachel Wood, Phillip Seymour Hoffman, Paul Giamatti e George Clooney.
Direção de George Clooney, com Ryan Gosling, Marisa Tomei, Evan Rachel Wood, Phillip Seymour Hoffman, Paul Giamatti e George Clooney.
Melhor roteiro pelo
Instituto Australiano do Filme;
Melhor filme pela National Film Board (USA);
Prêmio Brian do Festival de Veneza para o melhor filme em favor
da democracia e direitos humanos.
Melhor filme pela National Film Board (USA);
Prêmio Brian do Festival de Veneza para o melhor filme em favor
da democracia e direitos humanos.
DEBATEDORES
Edison Nunes - professor de Ciência Politica da PUC-SP
Renato Janine Ribeiro - Professor de Ética e Filosofia Política da USP
Mediação: Luciano Ramos e José Álvaro Moisés
Curadoria: Luciano Ramos
Curadoria: Luciano Ramos
Uma campanha eleitoral vista pelo lado de dentro é o que este drama nos
oferece, com todos os percalços que ela pode sofrer numa sociedade democrática,
mas complexa como os Estados Unidos. O roteiro assume a aparência de uma
“fábula moral”, em que um assessor de um candidato à presidência precisa
decidir se sucumbe à próprias ambições profissionais ou se preserva a
integridade de sua alma. Em lugar de Mefistófeles que produzia as tentações de
Fausto, temos aqui Maquiavel sob a forma de vários personagens.
O filme é um admirável trabalho autoral de George Clooney, produzido em parceria com Leonardo di Caprio. Além disso, Clooney também escreve o roteiro, dirige e interpreta um dos papéis principais neste drama que tem como tema o maquiavelismo e a desonestidade envolvidos numa campanha presidencial. Ele faz o papel de um candidato democrata, cujo discurso assumidamente populista é cativante demais para ser verdadeiro. Se o nazista Joseph Goebbels afirmava que “uma mentira mil vezes repetida torna-se verdade”, o filme prova que, ao contrário, quando exaustivamente repetida, a mentira torna-se evidente.
O filme é um admirável trabalho autoral de George Clooney, produzido em parceria com Leonardo di Caprio. Além disso, Clooney também escreve o roteiro, dirige e interpreta um dos papéis principais neste drama que tem como tema o maquiavelismo e a desonestidade envolvidos numa campanha presidencial. Ele faz o papel de um candidato democrata, cujo discurso assumidamente populista é cativante demais para ser verdadeiro. Se o nazista Joseph Goebbels afirmava que “uma mentira mil vezes repetida torna-se verdade”, o filme prova que, ao contrário, quando exaustivamente repetida, a mentira torna-se evidente.
O protagonista da história, porém, não é o candidato, mas um de seus mais jovens e idealistas assessores, interpretado por Ryan Gosling (“Drive”, 2011). Durante a maior parte do filme, ele se coloca em conflito com o veterano e pragmático coordenador da campanha vivido pelo craque Phillip Seymour Hoffman (“O mestre”, 2012) e também com personagem de Paul Giamatti (“O ilusionista”, 2006) – o calejado assessor de outro político que disputa a indicação pelo partido para concorrer à presidência.
Pode parecer uma reedição do clássico “A Grande Ilusão” de 1949 e refilmado em
2006 com Sean Penn, que aborda um assunto semelhante, mas este “Tudo pelo
Poder” discute questões bem mais contemporâneas. Por exemplo, as alianças
espúrias e as concessões aos adversários de ideologia, firmadas com o objetivo
de chegar ao poder, como o título brasileiro já explicita. No entanto o título
original “Os idos de março” sugere com mais precisão o cerne da trama.
Essa expressão tem origem na Roma antiga e significa o dia 15 de março, no qual o demagogo e usurpador Julio Cesar foi assassinado pelos senadores, pondo fim a uma ditadura corrupta e de base populista na república romana. Em suma, o filme propõe uma identificação entre o personagem de Clooney e o astuto manipulador político que foi Julio Cesar. Na verdade, a premissa do roteiro é que os corruptos acabam caindo, mais cedo ou mais tarde, de um modo ou de outro.
Essa expressão tem origem na Roma antiga e significa o dia 15 de março, no qual o demagogo e usurpador Julio Cesar foi assassinado pelos senadores, pondo fim a uma ditadura corrupta e de base populista na república romana. Em suma, o filme propõe uma identificação entre o personagem de Clooney e o astuto manipulador político que foi Julio Cesar. Na verdade, a premissa do roteiro é que os corruptos acabam caindo, mais cedo ou mais tarde, de um modo ou de outro.
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