Falando de “Quando eu Era Vivo”, não fosse a atuação
correta do veterano Antonio Fagundes, junto com a beleza de Sandy, o cinema
brasileiro poderia pedir emprestado esse título para fazer dele o seu mote
atual. De fato, houve época em que os filmes nacionais tinham vitalidade,
principalmente porque eram produzidos com dinheiro do próprio produtor, que
neles apostava o patrimônio particular. Não eram natimortos como muitos dos
recentes que, antes mesmo de estrear, já estão pagos com dinheiro público dos incentivos
fiscais. Nem precisam mais de bilheteria, como era regra no tempo de Oscarito e
Grande Otelo. Este “Quando eu Era Vivo” é dirigido com empenho por Marco Dutra,
cujo trabalho de roteirista em “Meu País” (de Andre Ristum, 2011) chamou
atenção pela profundidade psicológica e social. Já “Trabalhar Cansa” (2011) que
ele co-dirigiu com Juliana Rojas foi recebido com palmas por alguns críticos (a
maioria deles) e bocejos por outros (comigo nesse grupo). A partir de um livro
de Lourenço Mutarelli, "A Arte de Produzir Efeito Sem Causa", o
roteiro elabora uma letárgica experiência no gênero de horror protagonizada por
Marat Descartes, no papel de um homem maduro que, ao se separar da esposa volta
a morar com o pai. A narrativa é minimalista, contrastando uma trovejante trilha
sonora que espanta o sono. Leva uma hora de conversas banais, vômitos e ataques
epiléticos para enunciar o tema, ou seja, a casa é assombrada pelo espírito da
mãe morta. Original, não?
QUANDO EU ERA VIVO
Brasil, 2013, 108 min, 12 anos
estreia 31 01 2014
gênero horror
Distribuição Vitrine Filmes
Direção Marco Dutra
Com Marat Descartes, Antonio Fagundes, Sandy
COTAÇÃO
* *
REGULAR
3 comentários:
Sandy? Fazendo filme de terror? Ui, que meda. No, thanks.
Colocando-me no lugar de quem tem apenas curiosidade,mas não tem 'paciência" de pesquisar e ler mais além da "conta", faço a pergunta: se já está garantido o custo, então quem pagou o filme?
Você, eu, todos os contribuintes de impostops federais
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