Quase ninguém
comentou, mas no dia 10 de fevereiro se foi Virginia Lane, apelidada de "a
vedete do Brasil", estrela absoluta do teatro de revista e das chanchadas.
Durante 15 anos, ela foi amante de Getúlio Vargas e, dois anos antes de
falecer, com 93 anos, declarou que estava na cama com o presidente Vargas na
noite em que ele morreu, segundo ela assassinado e não por meio de suicídio,
como ficou registrado na história. Em função disso, o jornalista Élio Gaspari
criou a expressão "síndrome de Virginia Lane", para se referir às
hipóteses de assassinatos de presidentes. Mas o motivo pelo qual ela talvez
preferisse ser lembrada era a sua participação contínua, entre os anos de 1940
e 1960, em dois fenômenos culturais de grande ressonância popular naquele
período. Falo do teatro de revista, que valia como a única tribuna à disposição
de músicos e comediantes para se comunicar com o público das grandes cidades,
antes das "chanchadas". Assim eram rotulados os filmes cômicos e
musicais daquela época, até pouco tempo estigmatizados como artisticamente
inferiores pelos críticos e comentaristas e que, agora, vem merecendo uma
necessária releitura por parte de historiadores e especialistas. Para ilustrar
esse comentário escolhi o seu maior sucesso do rádio e do disco que foi
"Sassaricando", tal como foi filmado pelo grande Moacyr Fenelon em
"Tudo Azul" (1950), um dos filmes nacionais mais importantes daquele
tempo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário