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domingo, 3 de fevereiro de 2013

Um pequeno grande filme de um diretor excepcional: "O lado bom da vida"


Nesta semana, entra em cartaz “O Lado bom da vida”, indicado para 8 Oscars, a mesma quantidade da superprodução “Os Miseráveis”. Só que esta comédia nada tem de super. É um projeto modesto, quase intimista de David O. Russel, cineasta bissexto, aliás, um dos mais inteligentes de Hollywood que, em 2004, fez a antológica “A vida é uma comédia”, que só ficou uma semana em cartaz, mas pode ser encontrada em DVD. O conceito que ele ironicamente criou para designar aquele gênero de filme valeria também para este. Isto é, “comédia existencial”. 
O roteiro assume a sua própria simplicidade sem medo de se aproximar de uma narrativa de autoajuda, mantendo, porém uma nítida diferença em relação a esse tipo de produto. Principalmente por meio de um diálogo minimalista em que quase nada é dito de modo substantivo. O que vale mesmo é o contraste entre o que os personagens realizam e aquilo que se espera deles. A grande figura em cena é a emergente Jennifer Lawrence, de “Inverno da Alma” (2010) e “Jogos Vorazes” (2012), fazendo uma viúva desequilibrada que busca compensação para a sua perda. 
O protagonista, no entanto, é Bradley Cooper, da série “Se beber não case” (2009 e 2011), no papel e um rapaz bipolar que sai da casa de repouso e volta morar com o pai. Este é vivido por Robert De Niro que, pela primeira vez em vários filmes, desiste de apenas interpretar ele mesmo e se entrega a uma atuação espontânea. A comédia ganha corpo quando se percebe que os que estavam internos na clínica não são mais esquisitos que os que se acham fora dela. 
O LADO BOM DA VIDA 
Silver Linings Playbook
EUA, 2012, 122 min, 14 anos
estreia 01 02 2013

gênero comedia existencial
Distribuição Paris Filmes
Direção David O. Russel
Com Bradley Cooper, Jennifer Lawrence, Robert De Niro
COTAÇÃO
* * * *
Ó T I M O


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