Confesso que, por conta de ser baseado numa peça de Marcelo
Rubens Paiva, de quem sou admirador pela sua contribuição ao cinema oferecida
com “Feliz Ano Velho” (Roberto Gervitz - 1987), tinha a intenção de ser benevolente
com “E aí, comeu?” – filme dirigido por Felipe Joffily, primo do grande José
Joffily, com Bruno Mazzeo, Dira Paes, Marcos Palmeira e Emílio Orciollo. Os
intérpretes todos, dos principais aos figurantes são simpáticos, sinceros e dão
conta do recado – especialmente Seu Jorge, interpretando um garçom que, na
verdade, é ele mesmo. O diretor é habilidoso na encenação e sabe filmar. Mas,
algum desvio no processo de produção derrubou o resultado e determinou uma mudança
de rumo neste texto. Provavelmente o roteiro, que não conseguiu evitar o repetitivo
blá-blá-blá dos três protagonistas toda vez em que se encontram e que funciona
como espinha dorsal da narrativa.
Alguém acreditaria em três amigos que se reúnem todos os dias, sempre no mesmo boteco, para falar de uma única coisa? Aliás, Susana Schild foi feliz no título que deu à sua matéria em O Globo: “apenas conversa de botequim”. Cada um dos personagens vive histórias de amor complicadas, mas desenvolvidas de modo simplório, sem dramaturgia e sem emoção. Por exemplo: a solidão de um deles se resolve colocando em seu caminho uma vizinha que o seduz. Trata-se de uma comédia, mas não precisava ser tão rudimentar. Também não precisava o presidente da empresa distribuidora Rio Filme, Sérgio Sá Leitão, insultar a critica do Globo pelo twitter, só porque ela não gostou do filme. Algumas das melhores piadas são involuntárias ou secretas, como José de Abreu fazendo o papel de um editor, num escritório que é justamente o gabinete carioca do ministro da cultura no Palácio Capanema. Se essa locação não foi escolhida ao acaso, pode ser uma sugestão ou uma profecia...
Alguém acreditaria em três amigos que se reúnem todos os dias, sempre no mesmo boteco, para falar de uma única coisa? Aliás, Susana Schild foi feliz no título que deu à sua matéria em O Globo: “apenas conversa de botequim”. Cada um dos personagens vive histórias de amor complicadas, mas desenvolvidas de modo simplório, sem dramaturgia e sem emoção. Por exemplo: a solidão de um deles se resolve colocando em seu caminho uma vizinha que o seduz. Trata-se de uma comédia, mas não precisava ser tão rudimentar. Também não precisava o presidente da empresa distribuidora Rio Filme, Sérgio Sá Leitão, insultar a critica do Globo pelo twitter, só porque ela não gostou do filme. Algumas das melhores piadas são involuntárias ou secretas, como José de Abreu fazendo o papel de um editor, num escritório que é justamente o gabinete carioca do ministro da cultura no Palácio Capanema. Se essa locação não foi escolhida ao acaso, pode ser uma sugestão ou uma profecia...
E AÍ,COMEU?
Brasil, 2012, 102 min, 14 anos
estréia 22 06 2012
gênero comédia
Distribuição Paris Filmes
Direção Felipe Joffily
Com Marcos Palmeira, Seu Jorge,
Dira Paes, Bruno Mazzeo
COTAÇÃO
* *
REGULAR
Brasil, 2012, 102 min, 14 anos
estréia 22 06 2012
gênero comédia
Distribuição Paris Filmes
Direção Felipe Joffily
Com Marcos Palmeira, Seu Jorge,
Dira Paes, Bruno Mazzeo
COTAÇÃO
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REGULAR
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