Cate Blanchet brilha como protagonista do longa.
O ponto central do filme “Conspiração e Poder” é um conjunto de documentos que foram considerados falsos, mesmo referentes a um fato bem real. O tema é uma farsa que o jovem George Bush teria praticado na época em que cumpria o serviço militar. E que, portanto envolve matéria à qual o povo americano é especialmente sensível. Trata-se de um vibrante docudrama protagonizado por Robert Redford, que desde “Leões e Cordeiros” de 2007 tem feito obras de conteúdo político.
Em 2004, os jornalistas da CBS levantaram toda aquela história às vésperas da eleição presidencial, no final do primeiro mandato de George Bush - àquela altura, cheio de poder e prestígio. Essa reportagem se apoiava em memorandos assinados por um Coronel Killian, que continham referência ao fato, e no testemunho de outro oficial reformado. A reportagem foi ao ar no programa “60 minutes” no dia 08 de setembro, e naturalmente enfureceu o poder constituído.
Robert Redford interpretra o âncora Dan Rather
Em outras palavras, para não ter que discutir se Bush cabulou ou não o serviço militar, conforme os testemunhos, preferiu-se lançar dúvidas sobre os documentos. Assim como se faz ainda hoje, por exemplo... para esfumaçar o conteúdo de um telefonema, questiona-se a legalidade da sua divulgação. Depois de 43 anos de trabalho, Dan Rather saiu da CBS e processou a empresa, por tê-lo usado como “bode expiatório” no conflito com a presidência da república. Agora com 85 anos, ele continua combatendo a influência dos governos e das corporações no jornalismo. Amanhã continuamos o nosso comentário sobre este magnífico “Conspiração e Poder”. Até lá.
Nenhum comentário:
Postar um comentário