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quinta-feira, 18 de julho de 2013

“O Homem de Aço”, uma mega hiper produção de qualidade superlativa.

O Super Homem nasce novamente, agora sob o título de “O Homem de Aço”. Em 1938, quando isso aconteceu pela primeira vez, o universo dos quadrinhos já se achava habitado por alguns poucos heróis, como Flash Gordon, o Fantasma, Tarzan e Buck Rogers. Esse tipo de personagem da cultura popular era mais comum em outras mídias, ou seja, na literatura de massa, veiculada em banca de jornal (pulp fiction) e no rádio. Por exemplo, The Shadow (O Sombra), The Lone Ranger (O Zorro), Nick Carter, Doc Savage e Sherlock Holmes. Todos esses eram feitos somente de carne e osso, apesar de determinadas traços excepcionais de caráter. A surpresa veio com esse alienígena do bem que tinha raízes na mitologia clássica – muito mais forte que Hércules e invulnerável igual a Aquiles, que tinha um ponto fraco no calcanhar, assim como “O Homem de Aço” era susceptível à kriptonita. 
Outra novidade a foi a tremenda síntese operada nas escassas páginas da revista Action Comics em que Jerry Siegel e Joe Shuster narram a saga cósmica de um bebê que atravessa as galáxias porque seu planeta natal se destrói. Eles levaram cinco anos para vender esse projeto, porque os editores não acreditavam que fosse comercial. Com a 2ª Guerra, porém, o sucesso foi tanto que a revista chegou a fazer parte do equipamento usual dos soldados americanos. Agora, 75 anos e 91 filmes mais tarde, o Super Homem protagoniza talvez a mais elaborada e ambiciosa de todas as suas incursões no universo audiovisual. 
O diretor Zack Snider, de “Watchman” e o roteirista Christopher Nolan dos três últimos “Batman” mantiveram a estrutura básica da história, tal como foi publicada em 1938, mas ampliaram ao máximo as possibilidades narrativas que ela sugeria. A sequencia inicial em Kripton é um primor em termos de design e inventividade. Após o impacto da cena em que acompanhamos parto do filho de Jor-El (Russel Crowe) assistimos ao estabelecimento de uma trama política em que se defrontam a ética e o poder militar. Os pais do bebê chamado Kal-El, isto é, o futuro Super Homem lideravam uma espécie de aristocracia de cientistas e, quando o planeta implodiu, eles se achavam em conflito com um general rebelde que escapou do exílio e sai em perseguição do jovem Kriptoniano asilado na Terra. 
Com poderes idênticos ao Super Homem, esse chefe guerreiro precisa se apossar de algo que viera na nave-berçário junto com o recém-nascido e que garante o conflito do começo ao fim do filme. Já no gibi original, o herói era vulnerável apenas à kriptonita, que seria um mineral originário de seu planeta natal e cujo contato teria a capacidade de transforma-lo num indivíduo comum, desprovido de superpoderes. Essa é a base dramática que funciona como o ponto fraco do Super Homem, isto é a situação que poderá matá-lo, ou fortalecê-lo ainda mais. 
De todos os filmes baseados em figuras originárias dos quadrinhos, “O Homem de Aço” é um dos mais bem resolvidos, talvez, um dos melhores. Além do choque visual proporcionado por uma presença maior de personagens do planeta Kripton, temos uma carga afetiva mais intensa no relacionamento entre o herói e a repórter Louis Lane, o que reforça a sua identificação com o público.
O HOMEM DE AÇO 3D 
Man of Steel 
EUA – Reino Unido – Canadá – 2013 – 148 min.12 anos
Distribuição Warner
estreia 12 07 2013
gênero fantasia/ aventura
Direção Zack Snyder 
Com Henry Cavill, Amy Adams, Russel Crowe e Diane Lane
COTAÇÃO
*  *  **
ÓTIMO

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