A pergunta é simples, mas a resposta pode não ser. Não há dúvida
de que este seu primeiro filme atualmente em cartaz seja importante, do ponto
de vista cultural, e muito correto, em termos de artesanato cinematográfico. Público
e crítica o consideram um trabalho sério, ainda que deprimente e indigesto. Não
é realmente uma peça voltada para a mera diversão, ou seja, não foi feita para
entreter as pessoas, mas para informar e levá-las a pensar. "Na terra de Amor e ódio" é um drama pesado e angustiante, quase uma tragédia, ambientada na guerra
da Bósnia, que há dez anos destroçou a Yugoslávia, colocando em confronto os
sérvios e os bósnios, as duas etnias que conviviam naquele país.
A guerra
começou no dia em que dois jovens se conheceram e se apaixonaram. Ele sérvio (Goran Kostic) e
ela bósnia (Zana Marjanovic), se reencontraram num campo de concentração, ele como comandante e
ela como prisioneira e amante. O relacionamento prosseguiu naquele cenário, em
que o militar tentava protegê-la, mesmo contra a vontade do pai, que era um dos
generais do exército sérvio (Rade Serbedzija). Fica mesmo complicado classificar essa história
como um caso de amor, porque se manifesta num clima de ressentimento, violência
extrema e profunda desconfiança mútua. Não há dúvida, portanto, que Angelina
teve coragem ao produzir um contundente grito de protesto contra a guerra,
completamente apartado da indústria hollywoodiana, neste primeiro passo como
cineasta.
NA TERRA DE AMOR E ÓDIO
In the Land of Blood and Honey
EUA, 2012, 127 min, 12 anos
Estreia 07 12 2012
gênero drama /história /guerra
Distribuição: Paris Filmes.
Direção: Angelina Jolie
Com Zana Marjanovic, Goran Kostic e Rade Serbedzija
COTAÇÃO
* * *
B O M
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