sexta-feira, 25 de maio de 2012
A Palma de Ouro do Brasil - a única - foi para "O Pagador de Promessas", há 50 anos
Todos os jornais brasileiros
estão noticiando o que acontece no Festival de Cannes que é, sem dúvida, o mais
importante evento cultural do mundo cinematográfico. Acontece que pouca gente
se lembra de que há exatamente meio século, em maio de 1962, o Brasil ganhava a
Palma de Ouro em Cannes, com “O Pagador e Promessas”, produzido pelo paulista
Oswaldo Massaini. Aquela foi a única ocasião em que uma produção brasileira
recebeu aquele tão cobiçado prêmio. É bom lembrar que aquela vitória não caiu
do céu. Resultava de uma escalada, em matéria de produção de cinema no Brasil.
No mercado exibidor, os filmes nacionais desfrutavam uma posição bem melhor do
que a atual − por conta do apoio num “sistema de estrelas” que fora germinado
no rádio e do qual a televisão ainda não tinha se apropriado. Do ângulo
financeiro, a tentativa de instalar em São Paulo estúdios tipo “fábricas de
filmes” − como a Vera Cruz − não fora bem sucedida. Mas gerou o primeiro título
nacional a ser amplamente divulgado no exterior: O Cangaceiro, de 1953. Além disso, muitos técnicos e artistas
europeus reunidos na Vera Cruz permaneceram aqui e agregaram know how e repertório cinematográficos
às nossas produções. Inclusive no caso do próprio O Pagador de Promessas − como, por exemplo, o fotógrafo Chick Fowle
e o ator e diretor Anselmo Duarte. Esse foi o caldo de conhecimento em que ele
se formou, antes de seu primeiro trabalho como diretor: Absolutamente Certo (1957), outra realização de Massaini.
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Um comentário:
Foi um prêmio bastante merecido. É um dos poucos filmes brasileiros de que realmente gsoto.
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