Som perfeito, inclusive nas filmagens em locação que predominam no filme, imagem colorida e cristalina, mixagem sonora pela qual se entende absolutamente tudo o que os atores dizem e até efeitos especiais para permitir que bonecos de borracha saiam correndo pelo cenário. Esse seria o sonho impossível dos produtores brasileiros que, mesmo assim, há meio século atraiam multidões para os cinemas. Ou seja, recursos inacessíveis àqueles batalhadores que filmavam às próprias custas, sem patrocínio de qualquer empresa e nem um pingo de apoio estatal. Uma zona de conforto que Watson Macedo, Oswaldo Massaini ou Mazzaropi não imaginavam que um dia viesse a existir. Hoje, porém, quando alguém se propõe a criar uma comédia (quase) musical na mesma linha da Atlântida ou da Cinedistri, não consegue arrancar uma única risada da platéia, mesmo com todas as facilidades acima descritas. E o que é espantoso, contando com uma dupla cômica mais bem instruída e alimentada do que Oscarito e Grande Otelo e uma mocinha que supera em curvas, caras e bocas a graça de Eliana. Falo de Selton Mello, Milton Gonçalves e Grazi Massaferra.
O enredo lembra de fato as farsas das chanchadas clássicas: um corretor de seguros arruinado (Selton Mello) sonha em se hospedar com a esposa (Grazi Massaferra) num hotel cinco estrelas, com a esperança de salvar o casamento. Para isso aproveita um acidente ocorrido com a filha do chefe de uma quadrilha local de traficantes (Otávio Muller). Convoca um falso padre (Milton Gonçalves) milagreiro da vizinhança em Marechal Hermes, para aplicar um golpe no bandido, mais ou menos como a falsa cartomante (Violeta Ferraz) de “Quem Sabe, Sabe” (1956) fazia com a vizinhança. O diretor José Belmonte é um craque em dramas, densos e profundos, excelentes como “A Concepção” e “Meu Mundo em Perigo”. Mas infelizmente não acertou nesse que é o gênero mais difícil de todos e no qual gente simples como Zé Trindade e Dercy Gonçalves se esbaldava. Nem mesmo o estratagema de inserir na trama números musicais inteiros chegou a funcionar e o resultado ficou aquém de qualquer chanchada dos anos 1950.
O enredo lembra de fato as farsas das chanchadas clássicas: um corretor de seguros arruinado (Selton Mello) sonha em se hospedar com a esposa (Grazi Massaferra) num hotel cinco estrelas, com a esperança de salvar o casamento. Para isso aproveita um acidente ocorrido com a filha do chefe de uma quadrilha local de traficantes (Otávio Muller). Convoca um falso padre (Milton Gonçalves) milagreiro da vizinhança em Marechal Hermes, para aplicar um golpe no bandido, mais ou menos como a falsa cartomante (Violeta Ferraz) de “Quem Sabe, Sabe” (1956) fazia com a vizinhança. O diretor José Belmonte é um craque em dramas, densos e profundos, excelentes como “A Concepção” e “Meu Mundo em Perigo”. Mas infelizmente não acertou nesse que é o gênero mais difícil de todos e no qual gente simples como Zé Trindade e Dercy Gonçalves se esbaldava. Nem mesmo o estratagema de inserir na trama números musicais inteiros chegou a funcionar e o resultado ficou aquém de qualquer chanchada dos anos 1950.
BILLI PIG
Brasil, 2012, 98 min, 12 anos
estreia 02 03 2012
gênero comédia / música
Distribuição Imagem Filmes
Direção José Eduardo Belmonte
Com Selton Mello, Milton Gonçalves,
Otávio Muller e Grazi Massafera
COTAÇÃO
* *
REGULAR
Brasil, 2012, 98 min, 12 anos
estreia 02 03 2012
gênero comédia / música
Distribuição Imagem Filmes
Direção José Eduardo Belmonte
Com Selton Mello, Milton Gonçalves,
Otávio Muller e Grazi Massafera
COTAÇÃO
* *
REGULAR
2 comentários:
Caro Luciano, bom dia!
É hoje, vamos ver como ficou...
Fiquei p... com o fato de entrar aqui a sátira:A saga molusco e não ter entrado, Drive ou Poder sem limites!!!
Abraços
É pra ficar p... mesmo!
Depois eles reclamam da pirataria...
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