Charlize Theron em cenas de ação de "Atômica"
Determinados atores do cinema mudo se aprofundaram na habilidade de criar personagens, isto é, na arte da caracterização. E alguns faziam dela o seu verdadeiro modo de vida. Toda a carreira de Lon Chaney (1883-1930), por exemplo, se transformou num slogan hollywoodiano feito em carne e osso. O título da biografia dele filmada em 1957 tinha exatamente esse rótulo quase inumano: O Homem das Mil Caras.
Mais tarde esse projeto ao mesmo tempo artístico e corporal deu origem às personagens de Claude Van Dame, Dwayne Johnson e Vin Diesel. Ou seja pancadaria em lugar de estilo: um coquetel de Kung Fu, esteroides e caratê... Conforme talvez classificasse a professora Adriana Vaz, um “design de aparência” fadado a perder em potência muscular mas a ganhar em sensibilidade, técnica e intuição.
A propósito, muito apreciado nos cinemas, esteve Atômica, filme no qual Charlize Theron faz uma versão de guerreira mais agressiva e mais ambígua do que aquela gladiadora que Mila Jovovich apresentou em Resident Evil.
De fato, no mundo das heroínas femininas, onde Angelina Jolie e Marion Cottillard praticam pugilato, parece que o tempo da delicadeza está se encerrando...
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