Um dos efeitos da ditadura militar foi a
rejeição, a antipatia do povo brasileiro para com o sentimento de patriotismo.
Na medida em que os generais transformados em políticos se apropriavam dos
heróis nacionais, caía o interesse, ou seja, a identificação dos cidadãos para
com as figuras fardadas da nossa história. Mas agora parece que essa situação
começa se modificar com filmes como A Estrada 47. Dirigido por Vicente Ferraz, que estudou cinema em Cuba e foi
premiado em 2005 pelo documentário “Soy Cuba, o Mamute Siberiano”, trata-se de
uma impressionante reconstituição
ficcional de um episódio dramático na campanha da Força Expedicionária
Brasileira durante a 2ª Guerra Mundial.
Naquela Guerra, o Brasil era aliado dos Estados Unidos, Inglaterra e
França. Mais de 25 mil soldados da FEB foram enviados para lutar contra os
nazistas, numa Itália em que o regime de Mussolini já fora derrubado. O filme
focaliza um grupo de pracinhas que sofreram um ataque perto de Monte Castelo e,
tomados coletivamente pelo pânico se afastaram de seu pelotão. Esses papéis são
muito bem defendidos por Daniel Oliveira e Julio Andrade, mas é Francisco
Gaspar que chama mais atenção, pelo lado cômico do seu personagem.
Com medo de enfrentar uma corte marcial por abandono de posto, decidiram não regressar ao seu batalhão e sair em busca de uma estrada que se achava minada. O objetivo era desarmar as minas e desbloquear o caminho para facilitar a passagem das tropas americanas. Nesse trajeto, esses quatro soldados e um jornalista encontram famílias locais em fuga, além de desertores alemães e italianos. Mais do que uma aventura militar, portanto, A Estrada 47 traça um retrato humano daquele conflito.
estreia 07 05 2015
COTAÇÃO
COTAÇÃO
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B O M
Um comentário:
Vou ter que ver por razões pedagógicas. Não há material didático disponível em filme sobre a participação do Brasil neste conflito.
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