
É difícil entender
por que motivo um ator com o prestígio de Brad Pitt decidiu produzir e
protagonizar uma bobagem como “Guerra Mundial Z”. Veja o enredo: em poucos dias, a humanidade
estará extinta por uma epidemia que transformará todos os seres do planeta em mortos
vivos, porque depois de mordidas, as pessoas levam apenas alguns segundos para
se transformarem, ou seja, elas morrem e logo se levantam querendo devorar as
demais. Só que não há tempo para isso, por que os monstros comem apenas humanos
vivos e a vítima já vira cadáver antes que o atacante contaminado possa dar uma mastigadinha
sequer. De modo que, ao contrário dos outros filmes do gênero, não vemos
ninguém sendo devorado e os personagens centrais não fazem outra coisa senão fugir das dentadas. O filme, portanto, não passa de uma
interminável correria superproduzida, porque envolve a destruição de automóveis,
aviões, helicópteros e cidades inteiras. A estrutura do roteiro é a mesma dos
videogames, em que o herói vai passando de um estágio para o outro, sempre
eliminando os inimigos e sem que tenhamos a oportunidade de concluir o
óbvio, isto é, afinal trata-se de Brad Pitt e ele não vai ser derrubado por um
figurante qualquer, por mais apavorante que seja a sua maquiagem. E isso sem
mencionar outras idiotices, como a ideia do ditador coreano para eliminar a
peste, que é arrancar os dentes de toda a população porque, desprovido
de dente, ninguém consegue morder ninguém.
World War Z
EUA, 2013, 116 min, 12 anos
estreia 28 06 2013
gênero horror
Distribuição Paramount
Direção Marc Forster
Com Brad Pitt e Mireille Enos
COTAÇÃO
*
RUIM
Concordo plenamente. É inaceitável Brad Pitt entrar nesta roubada.
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