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terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Filme dirigido por Thierry Frémaux, "Lumière" enquadra os primórdios do audiovisual



Poster do filme de Thierry Frémaux

Em 1922, quando o gênero documentário nasceu, junto com os primeiros fotogramas de Nanook o Esquimó, o cinema já era maior de idade fazia 27 anos. Além disso, já vestia calças compridas, ou seja, tinha se transformado na indústria, a mais importante na área do entretenimento. Charles Chaplin já tinha tocado e seduzido o mundo inteiro com a sua inventividade, quando o cinema incorporou o som e, consequentemente, a palavra à sua linguagem. 


  
Carlitos já tinha desenhado o mapa para quem pretendesse alcançar o coração e a alma do público. Era, portanto o momento de comunicar-se também com a mente das plateias. Assim como apenas os antigos pregadores conseguiam, já era possível tocar-lhes a moral e a inteligência – ou mesno a ignorância – Resumindo, o cinematógrafo já tinha em mãos o bilhete de entrada para o infinito mundo interior de seus adoradores 
Visionários como Méliès, Griffith e Eisenstein já tinham desenvolvido uma retórica para o áudio visual, ou seja, inventaram meios e modos mais atraentes, pelos quais seria possível dizer melhor e mais claramente qualquer coisa. Inclusive fábulas ou sonhos asté mesmo 

Determinados sábios hoje se dedicam a elaborar uma espécie de arqueologia dessa modalidade de filmes, que constituem o agora chamado gênero documentário. Foram identificadas copiosas tendências, estilos e até movimentos, que iam se manifestando e se transformando no decorrer do último século. 
Escreveram-se milhares de teses e artigos. Reuniram-se incontáveis simpósios e seminários a respeito. Até que um grupo de estudiosos desconfiou de que talvez estivesse faltando apenas uma coisa: apenas o essencial, isto é, que se verificasse o que o próprio cinema teve a dizer, no exato momento em que era inventado. Em outras palavras, no tempo em que ainda se achava nas mãos de seus criadores. Falamos dos Irmãos Lumière
Está para ser lançado em São Paulo um documentário sobre os primeiros filmes de cinema: aqueles produzidos por seus próprios inventores. Dirigido por Thierry Frémaux (aliás o atual diretor do Festival de Cannes) e produzido pelo Crítico Bertrand Tavernier, o documentário Lumiere  nos prova que os elementos essenciais da linguagem cinematográfica já se achavam contidos nos primeiros filma história. 

Trata-se de um compilado de 114 obras dos irmãos Lumière, os inventores do cinema, restauradas em 4 k. O resultado é um filme de uma hora e meia, composto e comentado por THIERRY FRÉMAUX. Ele dispensa a complexidade hermética das teorias e simplesmente aponta para a própria matéria dos filmes primordiais para expor o seu verdadeiro valor.

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